quarta-feira, 30 de março de 2011

O Rio São Francisco e as Baronesas

O aparecimento de plantas aquáticas no rio São Francisco, cuja incidência está tomando totalmente a margem do rio no reservatório de Moxotó, onde estão situadas os municípios de Jatobá, Glória e Paulo Afonso, não tem passado despercebida aos olhos das autoridades ambientais e políticas, é consenso entre os Vereadores da Câmara Municipal de Glória que, para que se encontre uma solução para o problema, se faz necessária uma parceria entre os Poderes Públicos Municipais das cidades atingidas e a CHESF, que é a responsável pelo controle dos reservatórios.
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Tais plantas, há alguns anos atrás, tinham suas presenças registradas apenas nos meses de Setembro a Janeiro, quando o rio estava com menor fluxo de água. Porém, desde 2001 estas plantas passaram a aumentar demasiadamente, permanecendo o ano inteiro. Até 2001 eram duas espécies: a elódea (Elodea sp) e o aguapé (Eichhornnia sp). Em 2002, foi registrada a presença de uma terceira espécie, a cataia gigante (Polygonum lapathifolium).

Tais plantas são registradas em rios amazônicos e também no Pantanal. Provavelmente, foram introduzidas em nossa região a partir do esvaziamento da água contida no lastro das embarcações. Por exemplo: uma balsa cuja água de lastro foi captada num rio onde existia estas espécies transportou grãos até a nossa região e esvaziou a tal água aqui, trazendo sementes ou brotos destas espécies nesta água de, que ao ser jogada no rio São Francisco, fez proliferar estas plantas em nossa margem.
Tais plantas são registradas em rios amazônicos e também no Pantanal. Provavelmente, foram introduzidas em nossa região a partir do esvaziamento da água contida no lastro das embarcações. Por exemplo: uma balsa cuja água de lastro foi captada num rio onde existia estas espécies transportou grãos até a nossa região e esvaziou a tal água aqui, trazendo sementes oubrotos destas espécies nesta água de, que ao ser jogada no rio São Francisco, fez proliferar estas plantas em nossa margem.
A situação de água represada somada ao fato de que o rio tem sido frequentemente e, a muitos anos, poluído pelos dejetos e resíduos despejados no seu leito pela falta de tratamento do esgoto sanitário das cidades ribeirinhas torna o ambiente propicio para a proliferação das chamadas baronezas, sendo que suas raízes finíssimas abrigam microorganismos que filtram a sujeira orgânica da água. Logo, ela atua como um “filtro biológico”.

À primeira vista, isso nos sugere uma presença positiva, porém, tal planta nos denuncia duas situações ecologicamente graves: o Velho Chico está com um volume de água muito reduzido e a quantidade de esgoto não-tratado despejada no rio, é enorme. Um outro problema também pode surgir em decorrência do aumento destas plantas. Em meados de 2002, registrou-se a grande presença do caramujo, vetor da Esquistossomose, que antes não encontrava condições de sobrevivência na água corrente do rio. Mas, com a concentração das plantas, cujas raízes chegam a formar verdadeiras lagoas, formou-se um microambiente adequado para estes caramujos. A Esquistossomose é uma doença cujo parasita – o Schistosoma mansoni – penetra via pele, sendo hoje, uma das parasitoses que mais mata no Brasil e em outros países tropicais.

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Informações de: www.ovagalume.blogspot.com

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