Moradores do povoado Porto da Serra, devido a severa estiagem há pelo menos oito meses no Nordeste, abandonam o local.
A seca que assola o sertão nordestino mudou a vida dos criadores de
gado nos municípios que sofrem com a severa estiagem há pelo menos oito
meses. Sem chuva, o pasto foi reduzido à areia. Debilitados pelo
alimento escasso, muitos animais já estão morrendo de sede e fome,
gerando verdadeiros cemitérios a céu aberto. Além de não ter capim para
dar a ovinos e bovinos, os produtores ainda são obrigados a comprar
ração e complementos alimentícios a preços inflacionados.
Maior seca já registrada no Nordeste em décadas –
Casa colocada a venda denuncia êxodo rural em Santa Brígida (BA).
Pequenos criadores de gado alimentam rebanhos com capim seco para
manter os animais vivos. Às margens da AL-220, o rio Traipu está
completamente seco. Ele é uma das fontes de abastecimento da cidade
alagoana de Jaramataia.
Durante uma semana, o UOL passou por cidades do semiárido de quatro
Estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe), visitou
comunidades e conversou com sertanejos. Todos relataram um cenário
desolador, que começa a ser percebido a pouco mais de 100 km do
litoral. Na viagem, aos poucos a paisagem verde vai dando lugar à terra
seca e rachada.
Onde antes era capim, agora só resta cactos. A criação de animais na
Bacia Leiteira de Alagoas está comprometida por conta da estiagem. A
seca começou a se espalhar novamente pelo Nordeste. Segundo dados das
defesas civis e estaduais, mais de 750 municípios já decretaram
situação de emergência e mais de 4 milhões de pessoas foram afetadas.
O riacho do Brás, em Poço Redondo (SE), virou cemitério de animais com a maior seca já registrada no Nordeste em décadas.
Sofia Souza Costa já perdeu sete animais por conta da seca e diz
que, se não chover nos próximos 3 meses, todo o rebanho da região irá
morrer, em Poço Redondo (SE).
Fotos de Beto Macário/UOL
Fonte: noticias.uol.com.br / Panoticias
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