sábado, 27 de agosto de 2011

Glória está nas alturas

Em tempos de orçamento curto, o município de Glória, na Bahia, é um canteiro de obras com dinheiro federal. O segredo? A prefeita é a mulher do ministro das Cidades


ISABEL CLEMENTE, DE GLÓRIA (BA)

Reforma do balneário de Glória, na Bahia (Foto: MG Fotos)

A estrada que liga Aracaju, em Sergipe, ao município de Glória, no norte da Bahia, é uma coleção de buracos. Os 280 quilômetros não são vencidos em menos de quatro horas. A exceção é um trecho de 32 quilômetros, reformado, que passa pela entrada de Glória. Até as placas de acesso a Glória estão tinindo de novas. Glória tem um balneário na beira do Rio São Francisco, que está em reforma. Na “prainha” serão erguidos cinco quiosques, para os quais o Ministério do Turismo destinou quase R$ 1 milhão. Também custarão R$ 1 milhão a ciclovia e a pista de cooper de 4 metros de largura, da entrada da cidade ao balneário. A Praça da Juventude, um projeto do Ministério dos Esportes, com quadras, anfiteatro, salas e pista de skate, está orçada em R$ 1,5 milhão. Nada disso estaria acontecendo, segundo a prefeita Ena Vilma Negromonte (PP), sem a ajuda “de Mário”. Mas que Mário? Mário Negromonte, seu marido e ministro das Cidades.

O ministro das Cidades, Mário Negromonte. O ministério foi o que mais sofreu cortes, mas a cidade governada pela mulher dele não perdeu (Foto: André Lessa/AE)

Como deputado federal até 2010, Negromonte fez emendas ao Orçamento da União para a cidade governada por sua mulher. Neste ano, os ministérios do Turismo e das Cidades, agora tocado por Negromonte, liberaram 100% dos valores acertados nos convênios. As verbas destinadas a Glória passaram incólumes ao corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, que tirou R$ 8,5 bilhões do Ministério das Cidades. Poucos municípios tiveram a mesma sorte. Com 15 mil habitantes, Glória tem ruas pequenas e malconservadas, onde há pouca movimentação de comércio. Nas esquinas, há placas de “Pare” novinhas. Só faltam carros para obedecê-las. Metade da população é pobre. “Nada foi feito na área de saúde. Convênios foram cancelados por falta de pagamento”, diz o vereador Alex Almeida (PTN).

A prefeita Ena Vilma é uma dentista aposentada de 60 anos, casada há 34 com Negromonte, mãe de três filhos e avó de uma menina de 9 meses. Ela foi derrotada duas vezes antes de virar prefeita. Eleita, carrega a fama de ficar pouco na cidade, apesar de manter uma casa alugada. “Aquilo é fachada”, diz o ex-prefeito José Policarpo. A casa da família Negromonte fica em Paulo Afonso, um município vizinho e distante 10 quilômetros. Na última quinta-feira, Ena Vilma estava em Glória e recebeu a reportagem de ÉPOCA em seu gabinete.“Se você viesse à tarde, não me encontraria porque eu gosto da zona rural. Ando por aí”, diz. “Ontem, se você viesse, não me encontrava. Peguei uma virose. Estava péssima.” Na aparência, Ena Vilma estava ótima. “Jura? Ah, deve ser o blushizinho.” Ela é uma senhora esguia e alta. Seus cabelos bem cuidados e a maquiagem combinam com os óculos Chanel e a bolsa Louis Vuitton.

Uma mesma empresa executa as quatro obras feitas na cidade com dinheiro federal

Responsável pela liberação de recursos para as obras, a Caixa Econômica Federal afirma que os projetos em Glória estão no início e vêm sendo pagos de acordo com o andamento das obras. O empreiteiro, no entanto, reclama. “Era um bom negócio e está ficando inviável”, diz José Moreira Pinto Netto, proprietário da Caaba Engenharia. Pelo menos a Caaba pode ter a esperança de ganhar com a escala. A empresa executa as quatro obras feitas na cidade com verbas federais. A Caaba venceu três licitações. O secretário de Obras, Francisco Alves de Araújo, diz que a TCLOC, empresa ganhadora da licitação da Praça da Juventude,“terceirizou ou fez uma parceria” com a Caaba.

Glória se prepara para um crescimento em ritmo chinês. No dia 7 de junho, a prefeitura contratou por R$ 205.965 a Evereste Consultoria e Marketing para elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. “Precisamos saber para onde Glória vai crescer”, diz Ena Vilma. A Evereste pertence ao veterinário Antonio Almeida Júnior, aliado de Negromonte. Atual diretor de Desenvolvimento da Secretaria da Agricultura da Bahia, ele já ocupou cargos públicos por indicação de Negromonte.

Enquanto Glória progride, o Ministério das Cidades traz dissabores a Negromonte. Em oito meses de gestão, ele ainda não conseguiu nomear seus assessores. Seu ministério foi o mais afetado pelo corte de gastos, decidido no começo do ano pela presidente Dilma Rousseff. A falta de cargos e dinheiro causou problemas em seu partido, o PP, a ponto de desestabilizar o ministro.

A bancada do PP na Câmara é um desafio. Dos 41 deputados, 18 respondem ou já responderam a processos judiciais. O mais conhecido é Paulo Maluf (SP), acusado de desvio de recursos públicos e procurado pela Interpol por lavagem de dinheiro nos Estados Unidos. Outro caso que chama a atenção é Beto Mansur (SP), processado por exploração de trabalho escravo. Os pepistas estão em guerra. Uma ala, da qual fazem parte Maluf e Esperidião Amin (SC), se insurgiu contra a turma ligada a Negromonte. Eles conseguiram derrubar o líder Nelson Meurer (PR) para instalar Aguinaldo Ribeiro (PB). Escolhido líder, Ribeiro procurou Negromonte no ministério há duas semanas. Foi recebido pelo ministro, mas na sala do chefe de gabinete. O gabinete de Negromonte estava ocupado por outros quatro deputados do PP, que pressionavam um colega a não aderir à turma de Ribeiro. Em encontros semelhantes com outros deputados, teriam inclusive feito ofertas em dinheiro, segundo uma versão disseminada pelos adversários internos do ministro.

Quando os conflitos da bancada abalroaram o ministério, na semana passada, Montenegro mandou recados por meio de afirmações fortes. “Em briga de família, irmão mata irmão e morre todo mundo”, disse em entrevista ao jornal O Globo. “Imagine se começar a vazar o currículo de alguns deputados. Ou melhor, folha corrida.” No Palácio do Planalto, a entrevista foi considerada um desastre. Em Glória, ninguém vai reclamar.

Com Leandro Loyola

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Brasil/noticia/2011/08/gloria-esta-nas-alturas.html

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Inexperiente ou Incômodo?


Na ultima Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Glória, o Vereador Alex Almeida, no uso da tribuna da Casa reproduziu a matéria da Revista Época que menciona o volume de recursos destinados a algumas obras no Município de Glória, nessa matéria a revista faz menção a recursos no valor de R$975.000,00 advindos do Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito, da pasta do Ministro Mário Negromonte, para projetos no município, mais precisamente para um programa que visa, entre outros objetivos, reduzir o número de acidentes de trânsito.


Após a leitura da matéria em questão o Vereador expôs que a Casa Legislativa nunca teve conhecimento de nenhum convênio referente a esse projeto, e informou aos presentes que existe uma lei aprovada pela casa, no inicio do ano, que autoriza o Poder Executivo a assinar convênios sem a necessidade que esses convênios sejam avaliados pelo Poder Legislativo e, que, no entanto, essa mesma lei estipula prazo de 30 dias para o envio de cópias desses convênios após as devidas assinaturas e, nesse caso especifico a cópia do convênio citado na matéria não se encontrava nos arquivos da casa e nem era de conhecimento de nenhum dos Edis daquela casa. Sendo assim, cumprindo seu dever e a sua função fiscalizadora o Vereador solicitou à Prefeitura cópias do referido convênio no intuito de esclarecer todos os questionamentos que giram em torno do referido assunto.


Parece que a atitude correta do Vereador acabou incomodando alguns setores da administração municipal de Glória a ponto do Secretário de Governo ter que ir fazer declarações na Radio Bahia Nordeste contra a atitude do Vereador, quando na verdade quem deveria ser questionado ou contestado nesse caso seria quem fez a denuncia, ou seja, a Revista Época que, através da sua matéria, fez a informação chegar ao conhecimento de grande parte do povo brasileiro, além desse fato, um site de Noticias da Região foi mais adiante taxando o Vereador como inexperiente.


Eis que surge a grande pergunta: O Vereador Alex Almeida na verdade é inexperiente ou incômodo? Afinal o que o Vereador fez foi cumprir aquilo que preconiza sua função como Vereador que é fiscalizar o Poder Executivo e fazer cumprir as leis que regem o município. E, segundo Alex Almeida, enquanto as coisas não estiverem acontecendo da maneira correta no município de Glória o incomodo vai continuar por muito tempo até por que, o mesmo tem o reconhecimento e o respaldo da população que está bem atenta ao estado de marasmo e abandono que se encontra o município.


É... O Vereador ta incomodando!!!


Obs.: Para ver a matéria da Revista Época clique: http://colunas.epoca.globo.com/politico/2011/08/19/r-2-milhoes-para-gloria-ba/


sábado, 20 de agosto de 2011

O Alvo agora é o Ministro do PP.

Depois da onda de Demissõs envolvendo os Ministérios da Federação todas as artilharias se voltam para o Ministério das Cidades que hoje é ocupado pelo Pepista Mario Negromonte, como todos sabem o Ministro é espôso da Prefeita do Municipio de Glória Ena Vilma Negromonte. Vejam a seguir algumas materias veículadas na imprensa nacional a respeito das noticias referentes ao assunto.



REVISTA ÉPOCA


Quase R$ 2 milhões para Glória (BA)



Glória é um município de 15 mil habitantes na divisa com Pernambuco e Alagoas, longe do litoral, por onde circulam 425 carros, 858 motos e 43 caminhões, segundo o IBGE. Somados tratores, ônibus e camionetes, chegam a 1.500 o número total de veículos. Se a cada um corresponder um único motorista, o programa está custando, para os contribuintes, R$ 650 por condutor.


O Ministério das Cidades não explica que projeto da cidade baiana está sendo incentivado pela pasta. Informa apenas que Glória foi um dos 499 municípios contemplados, em 2009, para obter recursos e investir num programa que visa, entre outros objetivos, reduzir o número de acidentes de trânsito.


Como o Brasil tem 5.565 municípios, ficaram de fora 5.066.


O ministério informa também que os recursos do fundo foram empenhados antes da chegada de Mário Negromonte ao ministério. Mas o pagamento,via Caixa Econômica Federal, só saiu agora.


A prefeitura de Glória também recebeu R$ 975 mil do Ministério do Turismo, em julho, para investir na infra-estrutura turística da cidade, no sertão baiano. Somadas as duas verbas federais, são quase R$ 2 milhões em dois meses para Glória.



REVISTA VEJA

Ministério das Cidades oferece mesada em troca de apoio


Em guerra para retomar o controle do PP, o ministro Mário Negromonte ofereceu pagamentos de 30.000 reais a parlamentares da legenda


Mário Negromonte

Mário Negromonte (Joedson Alves/AE)


Depois dos escândalos que derrubaram os ministros dos Transportes e da Agricultura, o radar do Palácio do Planalto está apontado desde a semana passada para o gabinete do ministro Mário Negromonte (PP), das Cidades. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz informações levadas à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, por um grupo de parlamentares do PP. Em guerra aberta com uma parte da legenda pelo controle do partido, Negromonte estaria transformando o ministério num apêndice partidário e usando seu gabinete para tentar cooptar apoio. Segundo relatos dos deputados que foram convocados para reuniões na pasta, a ofertas em troca de apoio incluem uma mesada de 30.000 reais para quem aderir.


O PP é o terceiro maior partido da base aliada, com 41 deputados e cinco senadores. Controla há anos o Ministério da Cidade, que dispõe de um orçamento de 22 bilhões de reais e programas de forte apelo eleitoral em todos os cantos do país. Na formação do governo Dilma, Negromonte foi indicado mais por suas relações com o PT da Bahia do que pelo trânsito junto aos colegas. Uma parcela do PP queria manter Márcio Fortes, ministro por mais de cinco anos no governo Lula. Há duas semanas, o grupo ligado ao ex-ministro conseguiu destituir da liderança do partido o deputado Nelson Meurer, aliado de Negromonte. Colocou no lugar dele Aguinaldo Ribeiro, aliado de Márcio Fortes.


Ao perceber o poder se esvaindo, Negromonte contra-atacou montando um bunker numa sala anexa ao seu gabinete, onde quatro aliados de sua inteira confiança – os deputados João Pizzolatti, Nelson Meurer, José Otávio Germano e Luiz Fernando Faria – tentam persuadir os deputados a se alinhar novamente com o ministro. Apenas na última terça-feira, doze parlamentares estiveram no ministério. Sob a condição do anonimato, três deles revelaram que ouviram a proposta da mesada de 30.000 reais.


Confrontado, o ministro atribui tudo a um jogo de intrigas e aponta o rival Márcio Fortes como responsável: “Sei que há boatos de que pessoas vieram aqui para fazer isso e aquilo, da mesma forma que o pessoal estava dizendo que o Márcio Fortes foi lá na liderança fazer promessa, comprometer-se na tentativa de arranjar assinatura. Não me cabe ficar comentando boato”. Fortes, por sua vez, rebate de maneira lacônica: “No dia 31 de dezembro, deixei o cargo de ministro e me afastei das atividades partidárias”.


A compra de votos não de parlamentares não é algo novo na história do PP, um dos protagonistas do escândalo do mensalão – que, aliás, envolvia pagamento de mesada. Na ocasião, líderes da legenda receberam 4,1 milhões de reais em propina e quatro integrantes do partido estão denunciados no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.


O Ministério das Relações Institucionais confirma ter recebido as denúncias e está acompanhando a guerrilha do PP com muita atenção. A presidente Dilma Rousseff também já foi informada do problema.



REVISTA ISTO È


O esquema do PP no Ministério das Cidades


Arrecadadores do partido têm cargos de confiança, e obras que o TCU considera irregulares ganham verbas extras que favorecem empreiteiras doadoras da campanha do ano passado


Lúcio Vaz


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PEGO NA MENTIRA
O secretário Nacional de Saneamento, Leodegar Tiscoski,
muda de versão quando confrontado com documentos do TSE


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Assim como o PR transformou o Ministério dos Transportes em centro de operações partidárias nem sempre republicanas, o Partido Progressista (PP) vem atuando de forma similar no Ministério das Cidades, um dos carros-chefe do PAC, dono do terceiro maior orçamento da Esplanada, com investimentos de R$ 7,6 bilhões previstos para este ano. Dos gabinetes do Ministério, o tesoureiro do PP, Leodegar Tiscoski, assim como outros executivos ligados ao partido, libera recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União, algumas delas com recomendação de “retenção dos pagamentos”, e favorece empreiteiras que contribuem financeiramente para as campanhas eleitorais do PP.

A atuação de Tiscoski é um flagrante da promiscuidade instalada no ministério. Desde 2007 ele é o secretário nacional de saneamento do ministério e no ano passado exerceu dupla função. Ao mesmo tempo que, como funcionário público, geria obras de saneamento em todo o País, ele operava como tesoureiro nacional do partido. Ou seja, em ano eleitoral, era ele quem, a partir de posto privilegiado, arrecadava recursos para financiar as campanhas do partido. Na semana passada, Tiscoski afirmou à ISTOÉ que em março de 2010 se licenciou do cargo de tesoureiro. “Solicitei meu afastamento das funções de tesoureiro e, desde então, não assinei mais qualquer documento da tesouraria do PP”, disse o secretário. “No período eleitoral eu não exercia mais a função de tesoureiro.” É mentira. Documentos do Tribunal Superior Eleitoral mostram que em dezembro do ano passado Tiscoski assinou a prestação de contas do partido. As doações de empresas registradas nas contas do PP vão de 18 de março a 29 de setembro do ano passado. O repasse do dinheiro para os candidatos ocorre entre 13 de abril e 23 de novembro. Colocado diante do documento, Tiscoski, por intermédio da assessoria do PP, reformulou sua explicação. Afirmou que não mais assina cheques ou ordens bancárias como tesoureiro, mas admitiu que “encaminhou” a prestação de contas ao Tribunal. No PP, informam que a gerência das finanças do partido está a cargo do primeiro-tesoureiro, o ex-deputado Feu Rosa. A troca de nomes, porém, não torna a relação do PP com o ministério mais transparente. O “novo tesoureiro” é assessor especial da pasta, cuidando do relacionamento do ministério com o Congresso.

Com interesse direto nas obras do Ministério das Cidades, as empreiteiras contribuíram oficialmente com cerca de R$ 15 milhões nas campanhas do PP em 2010. A maior parte (R$ 8,7 milhões) na forma de doações ocultas. Isso significa que o dinheiro foi para a conta do partido, durante a campanha eleitoral, e imediatamente distribuído entre os seus candidatos. Três das grandes construtoras do País, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão repassaram legalmente um total de R$ 7,5 milhões para as campanhas do PP. Apenas três obras de mobilidade urbana tocadas por essas empresas com recursos do Ministério das Cidades somam R$ 2,7 bilhões. Só a implantação da Linha 3 do Metrô do Rio de Janeiro tem orçamento de R$ 1,3 bilhão. O Tribunal de Contas da União encontrou um superfaturamento de R$ 57 milhões no contrato, tocado pelas empresas Queiroz Galvão e Carioca Christiani-Nielsen. Após a ação do Tribunal, os preços que estavam acima dos valores do mercado foram refeitos. Em novembro do ano passado, porém, o TCU determinou a paralisação dessa obra por conta de falhas no seu projeto básico. A Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro, que executa a obra, já apresentou o novo formato do projeto ao tribunal, que ainda não se manifestou. A obra de conclusão do Complexo Viário Baquirivu–Guarulhos, com orçamento de R$ 101 milhões, é outro exemplo de problemas. Tocada pela Construtora OAS, está na lista de irregularidades graves desde 2003. O TCU apontou superfaturamento de R$ 6,9 milhões. Mas a Prefeitura de Guarulhos informou que não tem interesse em executar o restante da construção. O Tribunal busca agora recuperar o dinheiro público desviado.


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HOMEM DE PARTIDO
O ministro Negromonte não era o preferido de Dilma, mais foi bancado pelo PP


Os casos mais flagrantes de descaso com o dinheiro público no ministério são duas grandes obras que estão na lista suja do TCU: os metrôs de Salvador e de Fortaleza. As duas somam contratos no valor total de R$ 1,6 bilhão. Nos dois casos, o Tribunal determinou a retenção parcial de pagamentos para evitar prejuízos aos cofres públicos por causa de prática de preços acima do mercado. No caso do metrô de Salvador, trecho Lapa – Pirajá, o TCU exigiu a retenção de R$ 50 milhões nos próximos pagamentos ao consórcio Metrosal, formado pelas empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. No Metrô de Fortaleza, trecho Vila das Flores–João Felipe, tocado pelas empresas Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, foi encontrado superfaturamento de R$ 65 milhões em auditoria realizada em 2008. O tribunal determinou a repactuação do contrato. Foi exigida, ainda, a manutenção das retenções, seguros-garantias e fianças bancárias até o julgamento final do mérito da tomada de contas especial.

Apesar das investigações e dos alertas emitidos pelo TCU, os responsáveis pelo Ministério das Cidades liberaram recursos para essas obras no crédito suplementar que reforçou as obras do PAC em julho do ano passado. O metrô de Salvador recebeu um extra de R$ 6,7 milhões, enquanto o de Fortaleza ganhou mais R$ 100 milhões. Essa mesma prática de desconsiderar as recomendações do TCU, aceitar o aumento nos preços de obras já consideradas superfaturadas e ainda efetuar o pagamento para as empreiteiras é que tornou a atuação do PR no Ministério dos Transportes um escândalo.

As semelhanças entre os esquemas do PR e do PP, no entanto, não se resumem a isso. Assim como os republicanos, os progressistas tomaram conta do Ministério das Cidades, de cima a baixo. A presidente Dilma Rousseff trocou o ministro. Márcio Fortes, hoje na autoridade pública olímpica, deu lugar ao deputado Mário Negromonte (BA) por exigência do partido e com o aval do governador da Bahia, Jaques Wagner. A presidente chegou a cogitar a nomeação da secretária nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, mas o PP vetou. A cobiçada Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana foi entregue a Luiz Carlos Bueno de Lima, que já havia sido secretário de Ciência e Tecnologia no Ministério da Saúde no período em que o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PI) presidiu a Câmara. O chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Ramos Peixoto, foi trazido do governo baiano, no qual era diretor da Agência de Defesa Agropecuária. O ex-secretário de Agricultura da Bahia Roberto Muniz, ex-deputado estadual pelo PP, assumiu a secretaria-executiva. A manutenção de Inês num posto-chave ainda não foi assimilada pelo partido. Um integrante da cúpula do PP afirmou à ISTOÉ que ela é a “olheira” da presidente no ministério. Seja por intermédio da secretária ou não, o fato é que o Palácio do Planalto já tem conhecimento da forma como o aliado PP vem se comportando no governo. Resta saber como o governo vai lidar com uma legenda que soma 44 votos na Câmara e cinco no Senado.


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Um mensaleiro dá as cartas no PP


Mesmo sem cargo há mais de cinco anos, o ex-deputado Pedro Corrêa continua indicando nomes no governo e traçando as estratégias no Partido Progressista


Sérgio Pardellas


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PODER
Pedro Côrrea agora tenta emplacar o presidente do Denatram


Na alça de mira da presidente Dilma Rousseff desde a eclosão da crise política, o PP fez de tudo nos últimos dias para passar ao largo dos escândalos na Esplanada dos Ministérios. O esforço foi em vão. Na quarta-feira 3, o Congresso aprovou o convite para que o ministro das Cidades, Mário Negromonte, esclareça as denúncias de favorecimento a empresas doadoras de campanha, publicadas na última edição de ISTOÉ. Indicado para as Cidades pelo PP, Negromonte terá de explicar, por exemplo, por que o secretário nacional de Saneamento do ministério, Leodegar Tiscoski, cumpriu jornada dupla no ano eleitoral. Ao mesmo tempo que administrava obras de saneamento em todo o País, ele operava como tesoureiro nacional do partido. Era Tiscoski quem arrecadava recursos para financiar as campanhas do partido. O depoimento está marcado para a quarta-feira 10 nas comissões de Desenvolvimento Urbano e de Fiscalização e Controle. “Tudo tem que ser investigado. Há problemas não só como o PR, mas com o PCdoB, PMDB, PP. A denúncia envolvendo o PP é grave. A Dilma precisa agir com o governo inteiro como fez com o PR”, disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).


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HERANÇA
Aline Corrêa é uma espécie de braço parlamentar do pai,
Pedro, que teve o mandato cassado no escândalo do mensalão


A bancada do PP promete comparecer em peso à audiência na tentativa de blindar o correligionário. O partido tem se empenhado em discutir alternativas para escapar da “faxina” a ser promovida por Dilma. Na quarta-feira 3, a cúpula do PP reu­niu-se até altas horas da madrugada no apartamento do deputado João Pizzolatti (SC), localizado na quadra 311 Sul em Brasília. Além do anfitrião, de Negromonte e do líder da legenda na Câmara, Nelson Meurer (PR), participou do encontro o ex-deputado federal cassado Pedro Corrêa, réu no processo do mensalão acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A presença de Corrêa numa reunião em que foram discutidas estratégias do PP é mais do que sintomática. Conforme apurou ISTOÉ com vários parlamentares do Partido Progressista, o mensaleiro não apenas tem força como continua influenciando decisivamente nos rumos do partido. “Com a entrada de Negromonte no ministério, Corrêa passou a mandar mais, é ele quem está dando as cartas. Com o antecessor Márcio Fortes a coisa era mais discreta”, garantiu à ISTOÉ um parlamentar do PP incomodado com a intensa movimentação de Corrêa. “O mensaleiro é ele, mas o ônus fica para todos nós”, reclama o mesmo deputado.

Sem cargo eletivo desde o escândalo do mensalão, Pedro Corrêa tornou-se um especialista na articulação de bastidor. Embora distante dos holofotes, é ele quem chancela boa parte das indicações do PP para postos estratégicos no governo. Foi necessário o aval de Pedro Corrêa para o próprio secretário Leodegar Tiscoski, envolvido na denúncia de ISTOÉ, assumir o Saneamento. Em troca, o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), um dos interessados em emplacar Tiscoski na secretaria, aceitou apadrinhar junto ao Palácio do Planalto o nome de Paulo Roberto Costa para a BR Distribuidora. Agora, Corrêa trabalha pela nomeação do deputado Inaldo Leitão (PP-PB) à presidência do cobiçado Denatran. Oficialmente, no entanto, os padrinhos são o deputado Dudu da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).


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BERLINDA
Após denúncias de ISTOÉ, Negromonte terá que se explicar no Congresso


Quando vai a Brasília, ao menos uma vez por semana, Corrêa se hospeda na casa da filha, deputada Aline Corrêa (PP-SP), vizinha de Pizzolatti e Negromonte no bloco “A” da Superquadra 311 Sul. Aline é uma espécie de braço parlamentar de Corrêa. Ela formula emendas e projetos do interesse do pai. A atuação de Pedro Corrêa tem feito tanto barulho no PP, e ensejado negócios importantes em São Paulo, que passou a incomodar o deputado Paulo Maluf (PP-SP). Em recente reunião da bancada na sede do partido, Maluf e Aline discutiram asperamente e precisaram ser apartados. Já no Palácio do Planalto, conhecedor das atividades de Pedro Corrêa e companhia, a seriedade do PP já está sendo mais do que questionada. Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff escalou a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para cobrar explicações. No governo, faz-se a seguinte avaliação: caso o depoimento de Negromonte no Congresso não traga respostas convincentes, ele poderá ser o próximo ministro a perder o emprego.


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Negromonte despeja dinheiro em prefeitura de sua mulher

Em apenas seis meses, o Ministério das Cidades já repassou R$ 1,4 milhão de reais em emendas do Orçamento ao município de Glória, que tem como prefeito ninguém menos do que a esposa do Ministro Mario Negromonte, Ena Vilma Negromonte.



A informação foi publicada pela revista Veja que afirma que R$ 200 mil foram repassados diretamente pelo Ministério das Cidades. Em seis meses, o município recebeu mais recursos que nos últimos oito anos.*


Fonte: http://www.falasimoesfilho.com/NEGROMONTE-DESPEJA-DINHEIRO-NA-REFEITURA-DE-SUA-MULHER.htm

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Por não suportar a perda da mãe, jovem se suicida em Glória – BA

Arquivo da familia

Durante a madrugada deste domingo (14/08), deu entrada no Hospital Nair Alves de Souza, a jovem Rosilane Sátiro do Nascimento, 17 anos, após cometer suicídio, em sua casa na aldeia Xucuru kariri, localizada no povoado Quixaba, município de Glória.

De acordo com as informações, a jovem estava muito deprimida por causa da morte de sua mãe Maria Gorete do Nascimento, fato ocorrido durante a madrugada em um hospital em Aracaju.

Ao saber da morte da mãe, muito abalada, ela se trancou na própria casa, diante de tanta dor e inconformada com a situação, resolveu tirar sua vida ao cometer o suicídio com uma corda amarrada ao pescoço.

Os familiares notaram sua ausência foram até sua residência e a chamaram não havendo nenhum sinal de resposta os familiares arrombaram a porta e encontraram a jovem morta.

Os corpos de Mãe e filha serão velados na Aldeia Xucurú Kariri conforme os costumes daquela tribo. O povoado Quixaba e a Aldeia Xucurú Kariri encontram-se neste momento em estado de luto.

Fonte: Site Chico sabe tudo

sábado, 13 de agosto de 2011

Morre mais um jovem Quixabense em acidente de moto

Neste último domingo (07/08) mais um jovem do Povoado Quixaba, Glória – BA, foi vítima fatal de acidente de trânsito.

Gutenberg Barbosa Lins 22 anos, conhecido por Gutinho, sofreu um acidente grave de moto na BR 101, quando retornava de Esplanada para a cidade de Entre Rios, litoral norte da Bahia.

Segundo informações da PRF de Alagoinhas, o acidente aconteceu em um trecho muito perigoso da BR 101, um local de grandes ribanceiras.

Gutenberg ainda foi encontrado consciente e com diversas escoriações e fraturas, o mesmo relatou que tentou ultrapassar uma carreta quando veio um carro em direção contrária, o mesmo conseguiu manobrar desviando do veículo e de um pneu que estava no acostamento, mas uma sacola plástica grudou em seu capacete que o deixou sem visão da pista, vindo assim a cair em uma ribanceira.

Segundo relato de familiares, Gutenberg foi socorrido 2 horas depois do ocorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

Da Redação ChicoSabeTudo
Informações da Redação Portal Quixaba

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que levou Negromonte a mudar de opinião?

O que levou Negromonte a mudar de opinião?

O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), deixou o discurso de defensor fiel do BRT para Salvador e passou a afirmar que vai aguardar decisão do governador Jaques Wagner. O mais interessante é que a mudança de opinião aconteceu com um intervalo meteórico de 48 horas. No dia 30 de julho, Negromonte concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo, onde declarou que as cidades não poderiam mudar os projetos de mobilidade urbana, dando a entender que os soteropolitanos teriam que esquecer o sistema de trilhos na Paralela e aceitar o BRT.



Contudo, surpreendentemente, o pepista deu declaração totalmente contrária à Rádio Metrópole, em entrevista ontem. “Nós estamos aguardando ansiosamente a proposta do governo do estado em anuência com o governo municipal. Jaques Wagner ficou de vir aqui a Brasília pra conversar conosco”, disse, entrando em contradição.



Foto: Geraldo Melo / Grupo Metrópole

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Glória: Poder Executivo nega informações à Câmara de Vereadores sobre Concurso Público

No intuito de tornar o Concurso Público do Município de Glória mais confiável, trazendo à população Gloriense e aos candidatos inscritos no referido concurso segurança quanto à seriedade e lisura do certame, foi criada, na Câmara de Vereadores, uma Comissão Parlamentar para acompanhamento e fiscalização de todo o processo que envolve o concurso. A idéia, de iniciativa do Vereador Alex Almeida, foi aceita pela grande maioria dos parlamentares da Casa Legislativa, com exceção do Líder do Governo na Câmara, o Vereador Paulo Gomes; essa Comissão foi composta pelos Vereadores Alex Almeida, Valério José e Nido de Doutor.

O trabalho da comissão fiscalizadora tem como objetivo avaliar e corrigir os possíveis equívocos constantes no edital, no intuito de corrigi-los em tempo hábil para que não haja prejuízos por parte dos inscritos nem por parte daqueles que idealizaram e fazem parte da realização de todo o processo seletivo para isso, foram feitos estudos e análises minuciosas do edital, culminando em algumas correções que já foram feitas. Outro resultado obtido pelo trabalho dessa comissão foi a prorrogação das inscrições via internet, já que o site da empresa contratada para a realização do certame esteve indisponível nos últimos três dias do período de inscrições anterior á prorrogação.

O próximo passo da comissão fiscalizadora é o confronto entre as vagas apresentadas no edital e o numero de servidores efetivos que atualmente estão lotados na Prefeitura Municipal de Glória, para isso a Câmara de Vereadores de Gloria, através do Presidente da Casa, José Manoel Braz, solicitou, via ofício, a listagem de todos os servidores da Prefeitura Municipal para identificar aqueles que são contratados e que, após o concurso, serão substituídos por funcionários concursados, no entanto depois de decorridos 25 dias do envio do oficio, esta solicitação não foi atendida. Na ultima Terça feira ao ser questionado pelo Vereador Alex Almeida quanto à demora no envio dessas informações por parte do Poder Executivo, o Vereador, Líder do Governo, Paulo Gomes, respondeu, de forma truculenta e desrespeitosa, que a Prefeita não iria mandar lista alguma para a Câmara de Vereadores, causando estranheza aos demais Edis e ferindo o principio fiscalizador que é inerente à função de cada parlamentar daquela casa.

Levando-se em conta os Processos Seletivos Simplificados que foram realizados no município no ano de 2010 onde, devido o numero de fraudes encontradas, o Ministério Público Estadual anulou o Processo Seletivo da Educação obrigando o Poder Executivo Municipal a refazer tal processo, permanecendo no ar as duvidas referentes às informações colocadas no edital e agora testemunhando essa recusa no fornecimento de informações ao órgão fiscalizador municipal que é a Câmara de Vereadores, o que pensar a respeito do concurso Público de Glória?

O Povo Gloriense e os inscritos no concurso esperam que a Prefeita Municipal de Glória tenha por eles, pelo menos, o respeito que faltou à Câmara Legislativa de Glória e realize o concurso de forma justa, com seriedade, transparência e imparcialidade.